domingo, 8 de julho de 2012

Fundamentação Teórica


“O verdadeiro professor defende os seus 
alunos contra a sua própria influência”. (Amos Alcott)

O presente estudo surge da necessidade que o presente autor teve em encontrar material de apoio, para justificar a sua opção na criação de uma aplicação-tutora no que respeita a edição audiovisual de conteúdos didáticos. A Edição Audiovisual centra-se na conceção de um produto multimédia inovador que seja capaz de responder às necessidades de docentes/alunos na transmissão/aprendizagem dos conteúdos pedagógicos. O modelo de investigação a ser seguido tem por base a tipologia investigação-ação. O enquadramento entre a base de estudo e a sua aplicação prática justapõe-se na operacionalização de práticas, que acabam por ser ponto de partida da transposição teórica de conceitos. O modelo de investigação-ação terá como molde o de Jack Whitehead (1990), tendo em conta o uso da ferramenta didática para melhorar aprendizagem de conteúdos.

É na história que encontramos as primeiras abordagens ao termo tutor e professor. Segundo consta, Aristóteles, aos dez anos de idade, perdeu os pais e, a partir dessa data, foi educado por um tutor. A palavra "tutor" tem a sua origem no latim tutore e significa indivíduo encarregado legalmente de tutelar alguém, protetor, defensor. Procurando a significação para a palavra "professor", encontramos no latim professore "aquele que ensina, mestre". Por isso, existe aproximação dos termos tutor/professor.

Na Educação, as primeiras referências ao termo "tutor" surgem nas universidades do século XV.
Tais referências estão ligadas à figura do orientador religioso dos estudantes, que tinha como objetivo impor a fé e a conduta moral. Porém, somente no século XX é que o tutor assume o papel de orientador de trabalhos académicos (SÁ, 1998).

Um bom professor será um bom tutor, na medida em que crie propostas de atividades para a reflexão, sugira fontes de informação alternativas, ofereça explicações, facilite os processos de compreensão; ou seja, guie, oriente, apoie; é nisso que consiste o seu ensino (LITWIN,2001)

A tutoria presencial, segundo Mill (2007), "é composta pelo grupo de educadores que acompanha os alunos, presencialmente, com encontros frequentes ou esporádicos. O professor-tutor presencial está junto dos alunos, face a face, promovendo interação com os conteúdos. Esse contato ocorre em virtude da utilização de qualquer media: TV, vídeo, web. O professor-tutor é quem encaminha o processo de contato do aluno com o conteúdo, orientando, acompanhando e gerando a sua aprendizagem.
A tutoria presencial permite atendimento individualizado e em grupo, facilita a organização de grupos
de trabalho cooperativo e colaborativo e é essencial em aulas práticas.

As seguintes imagens abaixo destinam-se a transcrever o possível aspeto da aplicação-tutora:

 Menu de Entrada


1) Módulo CAPTURAR: aborda os diversos modos de captação de imagem disponíveis na produção de uma peça audiovisual.


2) Módulo EDITAR: aborda os princípios básicos de edição tais como: Resoluções de Vídeo || Projeto Premiere || Máscaras de Imagem no Photoshop e posterior animação no Premiere || Apresentação de um exemplo de peça de vídeo || Resolução da peça de vídeo.




3) Módulo EXPORTAR: aborda os principais modos de exportação de filme a partir do Premiere para os diversos formatos de leitura, tais como: Internet | Flash | Dvd.
Apresenta ainda o processo de Autoria de Dvd, na criação de Menus e acesso a conteúdos dinâmicos, como slideshow de fotos ou acesso a filmes, de forma a ser visualizado num leitor standard de sala.




4) Módulo EXERCÍCIOS: apresenta-se como a área de execução de tarefas relativas aos módulos: CAPTURAR || EDITAR || EXPORTAR. No exercício sobre captura apresenta-se um jogo de correspondência entre imagens de dispositivos e os seus nomes. Nos exercícios sobre a edição sugere-se a criação de máscaras de imagens, sequências de vídeo de vários formatos, e apresenta-se ainda um vídeo acerca de algumas linguagens de comunicação que podemos criar nas nossas peças. Relativamente aos exercícios de exportação, pretende-se que o utilizador a partir de uma sequência Hd, exporte para diferentes formatos (Dvd, Internet, Flash). Finalmente no exercício de autoria Dvd, pede-se que se crie um menu no Dvd Architect, recorrendo a vários elementos vídeo, como apresentação de um vídeo estilo “trailer” e o filme principal e de uma galeria de fotos.


Sendo a minha formação principal entre o Audiovisual e o Multimédia, aproveitei o que já tinha organizado em termos de conteúdos produzidos durante os últimos anos, concebendo uma apresentação sobre o meu percurso e domínios. A aplicação Flash centra-se em tutores vídeo, sobre edição de conteúdos videográficos a partir dos processos base de conceção: Captura de Imagem || Edição dos Conteúdos || Exportação. Embora proporcione oportunidades de acesso à informação e ao conhecimento a diferentes público-alvos, esta aplicação está direcionada a alunos do 3º ciclo, e para professores e educadores de expressões ou de diferentes áreas que pretendam usufruir desta temática para trabalhar este conteúdo através da interdisciplinaridade. Desta forma, podem usufruir deste género de suportes tecnológicos para ensinar e orientar de uma forma mais lúdica os conteúdos da disciplina.

O objetivo desta aplicação multimédia é promover um envolvimento mais ativo do utilizador, levando-o a refletir, a compreender e a reter mais facilmente os conteúdos trabalhados, desenvolvendo e estimulando igualmente a sua autonomia, criatividade e tomada de decisões.
A aplicação será fornecida aos docentes interessados na sua utilização, para a produção de conteúdos audiovisuais relativos à sua disciplina.

Pretende-se uma aplicação assente na usabilidade, isto é, uma aplicação multimédia de fácil utilização, funcional e flexível, permitindo bastante interatividade com o utilizador. Consequentemente, uma navegabilidade não linear, permite ao utilizador usufruir de toda aplicação, conduzir o seu próprio caminho, contudo de forma organizada e clara para que não se perca.

SITOGRAFIA:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000015329.pdf

Whitehead, J. (1990). How do I improve my professional practice as an Academic and educational manager? A dialectical analysis of An individual's educational development and a basis for Socially oriented action reserach.

 Disponível em:
http://people.bath.ac.uk/edsajw/bk93/8wc90.pdf , consultado em 10 de Junho de 2012.

Concepção de Cenários de Aprendizagem em Ambientes Online


O Papel de um Instructional Designer




A função de um Instructional Designer é o de criar um plano, um ambiente ou uma base para o processo de ensino/aprendizagem, o que não pode ser confundido com o processo de ensino/aprendizagem em si. Implementar uma ação educacional implica, na realidade, lidar com incertezas, agir individualmente e reagir espontaneamente às influências do contexto –fator cuja importância tem vindo a ser cada vez mais reconhecida  nas diversas comunidades online.

Pincipais fases de um modelo ID:

1) Análise

Identificação das necessidades de aprendizagem, a caracterização dos alunos.

2) Design

Especificação do cenário no qual ocorrerá a aprendizagem, incluindo elementos como título, autor ou instituição responsável pela oferta, abordagem pedagógica,objetivos de aprendizagem, papéis, conteúdos,medias e ferramentas.

3) Desenvolvimento

Programação de atividades, interações e regras de adaptação a serem aplicadas durante a fase de execução.

4) Implementação

Participação dos alunos na (re)definição de objetivos, bem como na seleção de estratégias de aprendizagem e mecanismos de avaliação
 
 5) Avaliação

Considera-se métodos alternativos e perspectivas de longo prazo, tais como projetos, portefólio,analise de desempenho ou estatísticas sobre o percurso da aprendizagem.

Componentes para a  Concepção de um 
Design de Aprendizagem Online




Estudo de Caso:

O Instituto Piaget criou unidades curriculares online (UC), estas eram comuns em diferentes cursos (Psicologia, Educação Básica, Enfermagem...) e de distintas zonas geográficas (Almada, Viseu, Gaia...).
Estas unidades curriculares passaram para um regime de b-learning, com forte presença online assumidas por docentes para turmas nacionais, independentemente das escolas ou dos cursos a que os estudantes pertenciam.
O facto das unidades curriculares estarem presentes em todas as licenciaturas, criou uma oportunidade de construir comunidades de aprendizagem nacionais, em espaço virtual.
Para implementar as unidades curriculares no regime b-learning foi criada a seguinte estrutura:

a) Conceção do design de aprendizagem

Teve-se em conta alguns princípios: houve componentes estruturais presentes em todas as UC, tais como: os fóruns «notícias» e «dúvidas», a planificação cuidada e explícita no «Guia Pedagógico Semestral», objetos de aprendizagem multimédia, vídeo de apresentação, regulamento de avaliação das UC.

b) Desenvolvimento e implementação da UC

Foi elaborado um «Guia Pedagógico Semestral» (conteúdos, estrutura, recursos pedagógicos, sites, atividades a realizar pelos estudantes e os critérios de avaliação). Estabeleceu-se a dinamização das salas de aula virtuais (fóruns) através da comunicação assíncrona (existência de três tipos de padrões comunicacionais: estudante-conteúdo, estudante-docente, estudante-estudante). Adoptaram-se os modelos pela resolução de problemas de Jonassen (1999) e de Hannafin, Land & Oliver (1999) designados respetivamente, Constructivist Learning Environments e Open Learning Environments e os modelos de Salmon e de Garrison et al (2000).

c) Avaliação

Comparou-se as notas finais obtidas em regime face a face (2008/2009) e b-learning (2009/2010) para fins estatísticos.
Constatou-se que a metodologia de b-learning é, mais exigente e requer um tipo de competências e disposições que muitos estudantes não estão completamente habituados a desenvolver (o que pode, em alguns casos, ser um obstáculo e gerar resistências).
Reconheceu-se que o docente no regime b-learning, tem que estar mais disponível e empenhado em relação à metodologia tradicional.
Em relação ao processo de estruturação das atividades na UC - bottom up (tarefas que se somam para formar um todo mais complexo) ou top-down (concebem atividades completas e se exercitam os estudantes em cada uma das suas componentes) - considerando que a melhor estratégia a adotar depende, do que os estudantes têm que aprender.

As Plataformas de Aprendizagem Online tais como a Moodle permitem reequacionar o processo de ensino-aprendizagem.
Contudo, esta mudança não deve ser vista em termos tecnológicos, mas também de mentalidade, implicando repensar os papéis do docente e do estudante.

Modelos Congruentes com as 
Concepções Construtivistas da Aprendizagem

a) E-Moderating 

  

Demonstração do uso do Modelo E-Moderating.

b) Modelo de Comunidades de Investigação



Descrição da fusão de modelos.

SITOGRAFIA:

 http://pt.scribd.com/doc/22329738/Design-Instrucional-Contextualizado

http://www.slideshare.net/patricia2005/piaget-online

sábado, 7 de julho de 2012